Programa de testagem gratuita envolve farmácias no esforço nacional contra a COVID-19

Na sequência de parcerias estabelecidas entre as Farmácias Portuguesas, as Câmaras Municipais de Lisboa, Oeiras, Lagoa, Odivelas e ainda com a Região Autónoma da Madeira, passou a ser possível fazer o teste rápido de antigénio nas farmácias aderentes de forma gratuita.

Em Lisboa, o Plano Municipal de Testagem COVID 19, deixou de estar limitado a dois testes mensais por morador, passando a oferecer um número de testes ilimitados, gratuitos, mesmo para não residentes.

Com os números de infeções a crescer na região, o município vai disponibilizar agora testes a todos os moradores e não moradores, trabalhadores do comércio, restauração e hotelaria, de equipamentos culturais, comerciantes das feiras e mercados de Lisboa, através de um sistema de testagem que permite monitorizar o desconfinamento e a transmissão do vírus na comunidade. Quem trabalhar ou estudar em Lisboa, por exemplo, poderá assim agendar a realização de testes gratuitos nas cerca de 110 farmácias aderentes.

O anúncio por parte do Governo de novas medidas para a Área Metropolitana de Lisboa, a 24 de junho, coincidiu com um novo recorde diário de testagem nas farmácias da capital. Ao todo foram realizados 5000 testes à COVID-19 nas cerca de 110 farmácias ao abrigo do protocolo de testagem da Câmara Municipal.

O que acontece depois de fazer o teste?

A farmácia está ligada ao sistema de informação do SNS, e os resultados ficam automaticamente registados, passando a estar acessíveis às equipas de saúde pública.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Secção Regional do Sul da Ordem dos Farmacêuticos, Luis Lourenço, explicou que há vários sistemas de apoio à comparticipação dos testes, como os acordos com algumas autarquias, bem como testes que não são comparticipados.

“Há farmácias que estão em concelhos onde há um acordo com as câmaras municipais e os utentes não pagam. (…) Mas, em rigor, há várias possibilidades de fazer testes nas farmácias comunitárias”, disse o responsável, aconselhando as pessoas a solicitarem informação sobre qual o regime usado em cada farmácia, sempre que pedem a marcação do teste.

O mesmo responsável revelou que, devido à pressão sobre os recursos das farmácias comunitárias, a Ordem dos Farmacêuticos vai reativar a Bolsa de Voluntários para apoiarem farmácias e laboratórios de análises face ao aumento dos testes de rastreio da COVID-19.